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domingo, 21 de dezembro de 2014

"Nesta edição não tivemos um vencedor, mas uma premiada" diz Halan Assakura, ex- fazenda de verão em uma entrevista exclusiva para o blog


Halan Assakura, tem 25 anos e participou da primeira e única edição de "A Fazenda de verão". Sobre uma segunda chance no reality, o lutador promete: "Serei vencedor e mudarei a percepção de muitas pessoas que ainda me julgam pelo temperamento explosivo e por ter desistido do reality".

Uma grande pessoa, e aceitou rapidamente o convite para dar esta entrevista para o blog! O ex peão falou desde Angelis, até da Lady Gaga. Com seu gosto exótico por mulher, e sua ambição em sempre vencer, para você a entrevista que nas palavras dele: foi a melhor que já respondeu, Halan Assakura:


@Detalhando: Olá Halan! antes de tudo quero agradecer por ter aceito o meu convite e me conceder essa entrevista para o meu blog! Não prometo ser um grande entrevistador, mas espero que você goste (risos).
@Halan: Grande Samuel, eu que agradeço a oportunidade. Contudo, excelente entrevista; a melhor que já respondi. Espero que goste das respostas, forte abraço e feliz 2015!

P: Minha primeira pergunta é sobre sua forma física. Dentro da casa, você falou várias vezes que emagreceu 30 quilos, e que viveu uma infância "gordurosa", eu queria saber, se o olhar das pessoas, e a vida realmente muda, ou pouca coisa acaba tendo diferença após o emagrecimento? R: O ser humano naturalmente é preconceituoso. A distinção por gostos, crenças ou comportamento existe desde a nossa infância. Em função desta “seleção natural”, sofri muito na época que estava fora do padrão que as pessoas julgavam ideal. Gosto sempre de reforçar que a mudança e perda agressiva de peso que tive foi em primeira escala para melhorar minha saúde e em segundo plano, a auto-estima.

P: Vi em algumas entrevistas suas, que você sofria bullying quando criança por causa do sobrepeso, mas que ainda não chamavam de bullying. Linkando com o que você disse, e já transformando em uma pergunta, a Tatá Werneck, falou também em uma entrevista que quem sofre bullying na infância e encara de uma forma positiva, desenvolve-se mais, no caso dela, para o humor, você concorda? 
R: Bullying é uma denominação de grife para a popular gozação/humilhação. Não gosto de rótulos, por isso sempre evito a expressão bullying. Concordo com a declaração da Tatá, mas mesmo quando as pessoas sabem reverter estas situações em forças positivas, as cicatrizes são eternas. Lembro de cada situação que vivi e acredito que se tivesse forças para revidar na época, teria me metido em problemas gigantescos. Muitos crimes envolvendo crianças, jovens e adolescentes tem esta justificativa de vingança. Essa é uma doença crônica que existe em nossa sociedade.

Halan ainda criança 
P: Com sua rotina de lutador de MMA, como anda sua dieta? Você acha que ter um corpo saudável tornou-se uma nova moda, ou sempre foi desta forma e que agora com as novas mídias essa prática tomou mais visibilidade?
R: Eu mesmo faço minha dieta, por conhecer meu corpo há 25 anos rs. O que mais gosto é que mesmo não sendo formado em Nutrição, o pessoal me pede dicas e orientações para melhorar sua forma. Quem diria, de uma criança em obesidade mórbida para referencia em nutrição rs. Poder ajudar as pessoas a mudarem seus hábitos é muito gratificante. Acho que o pessoal passou a se preocupar mais com o corpo em função do envelhecimento da nossa sociedade, ou seja, questões de saúde voltaram a tona. Inclusive debates de que se realmente vale tudo para a boa forma física estão sendo discutidos, vide o caso da Urach. A linha é tênue entre bons hábitos versus resultados rápidos.

P: Quais dicas você daria para uma pessoa que quer deixar de ser obeso? E para os que são, mas se agradam com seu corpo, o que também diria?
R: Não adianta, a força e vontade de mudar sempre parte de nós mesmos. As pessoas gostam de parecerem melhores ou mais fortes que os outros, gostam de te jogar para baixo. Hoje, encontro pessoas que zombavam de mim e estão em formas físicas bem abaixo do que eram, isto por que não gosto de julgar ninguém, mas nos termos de julgamento estão obesas, sedentárias e sem brilho. Este é o efeito roda gigante que a vida nos apresenta, é a remuneração daquelas que se preocupam em sempre fazerem o melhor para si mesmas, sem julgar ninguém.

P: Tem comidas que você degustava enquanto gordinho, que agora tem que "fugir"? Qual você mais tem saudade? Também teve algum novo alimento que você teve que adicionar aos seus novos costumes? 
R: Sinto falta das comidas da minha mãe, comidas honestas e feitas com amor. Mas esta falta se dá não por não poder consumir, mas por obra do destino. Gosto da simplicidade em todos os sentidos da vida e para comer não é diferente. Hoje, a combinação de alimentos se dá em maior importância do que por determinadas coisas. Como de tudo em maneira combinada.


P: Existem várias teorias que tentam explicar porque uma pessoa pratica bullying com as outras, eu acredito piamente na teoria que defende que "o praticante deseja ter algo que o agredido tem". Por ter sofrido na pele, você compartilha alguma "teoria" destas? Qual ou quais?
R: nunca tinha ouvido falar nesta expressão, mas já gostei dela. No meu caso este exemplo vale e muito! Quando criança era notório que por ter tido uma criação cuidadosa e com muito amor, por ir bem nas notas da escola e por me comportar decentemente, os que não tinham ou viviam isso tentavam me atacar. Crianças mais próximas a minha realidade, no geral, eram minhas amigas. Muitas amizades que perduram até hoje.

P: Dizem que todo mundo tem um ponto fraco, qual seria o seu? Pode nos revelar?
R: Tenho muito medo de perder, temo por ser visto como uma pessoa desleal e sem caráter também.



P: Você acredita que existe uma idade certa para as pessoas pensarem em hábitos saudáveis, se permitirem as coisas, ou que não, que desde pequenos devem ser educados "alimentarmente" falando?
R: Acho que as pessoas tem que viver os seus momentos, saber extrair o lado bom e ruim de cada situação. Acho que se as pessoas tiverem esta restrição alimentar desde cedo podem se tornar neuróticas e desenvolverem sequelas emocionais irreversíveis. O equilíbrio é tudo.

P: Muitas pessoas consideram o MMA um esporte muito violento. Mas este esporte ganhou muita força no Brasil, inclusive tirando muito jovem da rua. Mesmo o praticando, você concorda? Ou assim como muitos lutadores de muay thai dizem, o seu esporte é uma arte de vida?
R: O esporte qualquer que seja é uma integração social. Violência é beber e dirigir, discriminar pessoas, se drogar, desrespeitar pai e mãe. O conceito de que "o praticante deseja ter algo que o agredido tem" se aplica aqui, os críticos não tem coragem de pisar num tatame para assistir uma aula, não por terem medo ou serem fracos, mas por duvidarem de si mesmos e não se permitirem.

P: Quando foi que você se descobriu um lutador? As pessoas cobram que um lutador tenha um perfil mais calmo, ou não existe isso?
R: Sou um lutador da vida. Minha luta é todo dia, em todas as situações. Quanto ao perfil, a natureza de cada um define a sua característica. Importante é se respeitar e ser você mesmo.

P: A sociedade criou um conceito antigo da mulher ideal, e do homem ideal. Acredito que com fortes influências nisto, elas não são tão presentes em esportes antes considerados masculinos. Você começou a perceber que isto, mesmo que de uma maneira mais devagar, vem se revertendo? As mulheres estão invadindo cada vez mais os espaços nos esportes como o MMA?
R: A mulher é mais forte que o homem. É preciso reforçar de que a força não necessariamente é física, mas emocional também. Além de fortes, as mulheres são mais objetivas e diretas que os homens, talvez por isso, vem ganhando cada vez mais espaços em esportes de combate.


P: Saindo um pouco da sua rotina saudável, e entrando na sua vida de reality, o que passou na sua cabeça ao se escrever em A Fazenda de Verão? Foi justamente do jeito que você imaginava que seria? 
R: Adoro desafios. A ideia de entrar no programa nunca passou pela minha cabeça, mas o desafio de ser selecionado sim. Algo difícil de explicar, mas sendo direto, queria ver se seria aceito. O reality é bem mais do que eu imaginava, talvez por isso, tenho o objetivo de ter a segunda chance. Acredito muito que se tiver, serei vencedor e mudarei a percepção de muitas pessoas que ainda me julgam pelo temperamento explosivo e por ter desistido do reality.

P: O diretor do programa, na época falou que a nova dinâmica do jogo foi responsável pelas desistências. Isto influenciou mesmo na sua saída, ou outros fatores influenciaram? O Marcos do @LifeSteinkopf lhe questiona: por que você desistiu?
R: Não culpo o jogo, as pessoas, ou qualquer circunstância pela minha desistência, das outras desistências não gostaria de falar.  Eu não considero uma desistência, eu dei minha cabeça pois não queria partilhar de um jogo sujo, de picuinhas. Fui um verdadeiro samurai. Entrei para competir, para ser o melhor nas provas, o mais racional. Das 3 provas individuais que participei, eu ganhei todas e além disso, a audiência do programa diminuiu com a minha saída. Queria ganhar de forma limpa, honesta e por merecimento e naquele dia, percebi que seria impossível ser o vencedor e caso ganhasse, seria apenas o “premiado” pelo hum milhão. Nesta edição não tivemos uma vencedor, mas uma premiada. O destino me guardou disso e acredito que mereço uma chance de provar que o vencedor ao pé da letra pode existir.



P: Ainda no reality, você teve algumas "brigas", a mais memorável é quando você bate de frente com o Rodrigo Carril. Hoje em dia, vocês dois se falam? Você mantem contato com alguém da sua edição? 
R: quem participa do reality guarda cicatrizes eternas. Me esbarrei algumas vezes com outros participantes, e a sensação é estranha, incomoda. Parece que ligo meu botão de alerta e mesmo sem querer, estou dentro de uma competição com adversários, mesmo no mundo aqui fora. Evito ao máximo estes encontros. Quanto ao Carril, já dei meu recado pra ele. Ele é um cara inteligente e deve ter entendido que o que falei não era da boca pra fora. Mesmo assim, desejo coisas ótimas em sua vida e a única oportunidade que tive foi de desejar um feliz natal para ele e a sua mãe. Mas ainda estou engasgado e se tiver a oportunidade, adoraria competir com ele novamente.




P: Após o reality, deu para aproveitar alguma coisa? Propostas, por exemplo? A visibilidade, mesmo que não tão grande, te favoreceu, ou prejudicou?
R: Nunca considerei o fato de ser conhecido, ou tentar a fama a qualquer custo. Não sou adepto do “estou analisando umas propostas”, porra nenhuma! Acho que já consegui meu objetivo de ter alguns seguidores e admiradores, e influenciar algumas pessoas de certa forma.

P: Antes de entrar, você declarou ao site do reality que odeia pessoas fracas, e que seria líder fácil de qualquer grupo. Você acha que essa sua postura de chef, trás para as pessoas uma imagem sua de uma pessoa agressiva, ou você é mesmo uma pessoa agressiva? O @bigfonizou quer saber um pouco sobre essa sua agressividade, você sempre foi assim? 
R: Sempre gostei de liderar e não ser liderado. Esta postura me define como uma pessoa arrogante por muitos. Mas não analiso deste jeito. A minha agressividade é positiva, voltada para resultados e metas, não para banalidades ou violência. Se você está errado vou te provar que está, sem ladainhas ou jeitinho falso (sorriso no resto). No final, você vai me agradecer por faze-lo acordar.
P: Após a sua saída, houve a entrada de Lucas Barreto, que logo em seguida foi expulso por excesso de agressividade. Se você estivesse lá dentro, ficaria aliado, ou amigo de Lucas? Você acredita que poderiam ser ambos expulsos?
R: Analisando num primeiro momento: nos mataríamos. Mas acho que ele só teve estas atitudes para colher meus restos, se eu estivesse lá ele se sentiria intimidado. Basta ver meus takes da briga com o Sacramento e Carril, sou menor que os dois em tamanho, mas no momento das brigas minha pressão e energia suprimia esta diferença física. Quando quero me torno um gigante e imparável.
P: Existe alguma meta para 2015? Quais? Algum projeto? 
R: Viver 2015 do jeito que tem que ser, do jeito que Deus quiser. Meus projetos são apenas projetos, enquanto não concretizar eles não existem. Me de a alavanca certa que eu levanto o mundo, este é meu plano.
P: Também antes de entrar, você declarou ao site que gosta de pessoas exóticas, e que estava solteiro. Esse status mudou? O fato de ser lutador, afasta, ou atrai as mulheres?
R: Tenho comigo a pessoa que mudou minha vida, a quem devo muita coisa. Neste tempo todo tenho evoluído e acredito que ainda estou longe de ser o ideal para retribuir tudo o que fez e faz por mim. Ela tem sua maneira própria de pensar, agir, se comportar. Isto é ser exótico. Ser você mesmo.

Baseado na sua declaração de gostar de pessoas exóticas, irei listar algumas famosas exóticas e te ajudar com algumas fotos. Você só precisa dizer se "pegaria na noite", ou apenas "admiraria" (mas se quiser criar outra resposta fique a vontade, a entrevista é sua), vamos a elas:
Halan: Poderia responder com maior abrangência se fosse solteiro, mas vou dar minha opinião sobre “elas” né Elke? kkkkk

Elke Maravilha? 
R: Admiro pela espontaneidade e por não se preocupar com os outros. É original, talentosa e mestre no que faz. Pra quem gosta, por que não?



Bruna Tang? 
R: Tem nome de suco, mas não tem personalidade no formato em pó. Pessoa reflexiva, racional. Deve ser uma boa pessoa. Admiro.



Marimoon? 
R: Tem sua personalidade própria, mas não consigo enxergar nada além disso. É uma garota bonita. Apenas.



Lady Gaga? 
R: Acho que nem ela sabe quem é. Mas é autentica. Definiria seu caso como uma esquizofrenia comportamental. Não admiro e nem não admiro. Não me faz diferença.


P: Você também declarou que não vê problema em posar nu. Existiu esta proposta após a saída? E se existisse, você acredita que sua família aceitaria numa boa?
R: Recebi 2 propostas. Aceitaria pelo desafio, mas não é algo que desejo. Não viabilizei as oportunidades que recebi por questões de valores e posicionamento de público das revistas em questão.

P: Antes de ir para o "bate bola", quero fazer uma ultima pergunta daquelas que faz a pessoa ter se orgulhado de ler a entrevista até o final. Não sei se você acompanhou o reality, mas a Angelis (vencedora) teve um caso com Manoella ainda dentro do reality, o que consolidou mais ainda ela como vencedora. Vários participantes diziam que era um casa de mentira e que ela só fez para ganhar público. Você compartilha da opinião dos outros? Você faria um casal gay para ganhar 1 milhão?

R: Ela não ganhou o programa, foi premiada. O prêmio caiu no colo dela, pelo fato de eu não ter ficado. Ela usou as ferramentas dela, as quais eu jamais usaria para ganhar. Vou ter a segunda chance e nesta ocasião, vou mostrar como se vence um jogo sem contestação.


A entrevista já esta chegando ao fim, mas antes de terminar, vamos para aquele antigo "bate bola" da Marilia Gabriela que eu roubei e dei minhas modificadas. Irei citar algumas personalidades, e você pode defini-las com 1, 2 ou até 3 palavras. Vamos a elas:

Rodrigo Carril: Opaco.









Wanderley Silva: Ídolo, amigo, espelho.






Angelis Borges: Nada.






Anderson Silva: Talento, reversão.







Sacramento: Pai de família, conflito, irreverente.






Ísis Gomes: Sonhadora, oportunista.






Halan Assakura: relevante, guerreiro, humano.








Mais uma vez muito obrigado pela entrevista, e pela rapidez ao qual me respondeu quando pedi a entrevista e se prontificou a responder esse pequeno questionário. Espero que tenha gostado das perguntas, e boa sorte na sua carreira de lutador de MMA. Antes de finalizar a entrevista de vez, deixo esse espaço para você deixar algum recado para quem você quiser, a palavra ta contigo:

Halan: agradeço demais a entrevista. Agradeço sempre aos amigos que fiz nesta jornada desde o reality, pois sou muito pequeno para ter fãs, mas gigante para ter amigos. Acredito que nenhuma pedra se move sem um motivo e ainda vou orgulhar todos vocês. Guerreiros, sempre juntos! Obrigado a todos, sempre....

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